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Impacto do veto à carne do Mercosul nas lojas Carrefour na França

  • Foto do escritor: g4fone
    g4fone
  • 21 de nov. de 2024
  • 3 min de leitura

Este estudo visa analisar o impacto do veto à carne do Mercosul nas lojas Carrefour na França, considerando a recente proibição e suas implicações para a cadeia de suprimentos da empresa. A compreensão desse cenário é crucial para entender as consequências comerciais e estratégicas envolvidas, tanto para o Carrefour quanto para o comércio internacional de carne.

O veto à carne do Mercosul nas lojas Carrefour na França surge em meio a preocupações ambientais e críticas sobre as práticas agrícolas na região. A decisão reflete as regulamentações europeias rigorosas em relação à importação de produtos alimentícios, incluindo requisitos de sustentabilidade e bem-estar animal, além de questões relacionadas à rastreabilidade e segurança alimentar.

O objetivo deste estudo é avaliar os efeitos do veto à carne do Mercosul nas lojas Carrefour na França, analisando o impacto na cadeia de suprimentos da empresa, bem como as implicações mais amplas para o comércio internacional de carne. Ao compreender os motivos por trás da proibição e suas consequências, busca-se fornecer insights relevantes para decisões futuras no contexto do comércio de carne entre o Mercosul e a União Europeia.

“Todos os outros países onde o Grupo Carrefour opera, incluindo Brasil e Argentina, continuam a operar sem qualquer alteração e podem continuar adquirindo carne do Mercosul. Nos outros países, onde há o modelo de franquia, também não há mudanças”, completa a empresa, em seu comunicado.

Esse pronunciamento ocorre após o CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, publicar na rede social X (antigo Twitter) um comunicado que dizia que a varejista se comprometia a não vender carnes do Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Isso, independentemente dos “preços e quantidades de carne” que esses países possam oferecer.

Entenda o caso

A carta assinada por Alexandre Bompard, CEO do Carrefour, foi endereçada ao presidente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Operadores Agrícolas (FNSEA), Arnaud Rousseau.

Segundo o executivo, a decisão de vetar a carne do Mercosul foi tomada após ouvir o “desânimo e a raiva” de agricultores franceses – que protestam contra a proposta de acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul.

Em suma, o Carrefour atendeu aos pedidos de agricultores do seu país de origem, que não querem competir com os exportadores de carne do Mercosul, que inclui o Brasil.

Entidades reagem negativamente à decisão do Carrefour

Entidades brasileiras têm reagido negativamente à decisão do Carrefour de vetar carne brasileira em suas lojas na França.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) se pronunciou lamentando a decisão.

Segundo a associação, “tal posicionamento vai contra os princípios do livre mercado e é contraditório, vindo de uma empresa que opera cerca de 1.200 lojas no Brasil, abastecidas majoritariamente com carnes brasileiras, reconhecidas mundialmente por qualidade e segurança”.

“Ao adotar um discurso protecionista em defesa dos produtores franceses, o Carrefour fragiliza seu próprio negócio e expõe o mercado europeu a riscos de abastecimento, já que a produção local não supre a demanda interna”, continuou a Abiec.

A entidade frisou que o Brasil é líder global em exportação de carne bovina, “com o maior rebanho comercial do mundo, produção sustentável e rigorosos controles sanitários que garantem qualidade para mais de 160 países”.

“Nos últimos 30 anos, a pecuária brasileira aumentou sua produtividade em 172%, reduzindo a área de pastagem em 16%, demonstrando compromisso com eficiência e sustentabilidade”.

Governo brasileiro chama de ‘ação orquestrada’

Ainda na quarta-feira, 20, o Governo Federal também tomou posição com relação à decisão da varejista francesa.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que a atitude do grupo “parece uma ação orquestrada” de companhias francesas contra o país, dizendo estar “indignado” com o veto.

Ele citou a declaração dada pelo diretor financeiro da Danone, Jurgen Esser, veiculada pela agência de noticias Reuters, de que a empresa parou de comprar soja do Brasil e agora adquire o produto de países da Ásia como antecipação à lei antidesmatamento da União Europeia.

Diante desse episódio recente, o ministro afirmou que “não faz sentido achar que é coincidência”.

Na avaliação do ministro, a declaração do CEO do Carrefour aponta “de forma inverídica” as condições de produção brasileira.

 
 
 

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